domingo, 27 de setembro de 2009

Galeria de Arte

Moldura, na vitrine da Cheklist, recém chegada a São Paulo;

"Arara" alternativa, em corner de coleção infantil, de Anne Valerie Hash (na expo Pitti Bimbo, 2009/10, Milão);

ao lado de outros quadros (mesmo sem moldura),o vestido ganha status de obra de arte;

na vitrine vazia (em momento "antes")

e "depois", com nova pintura, para destacar-se do fundo de madeira;

expediente utilizado também no interior da loja de acessórios Danna, de Campo Grande, MS.

  • Molduras são o "entorno" das obras de arte e costumam ser utilizadas para criar um foco de atenção para o produto.
    • * as 3 últimas fotos são de autoria de André Ferreira, vitrinista que também assina o trabalho mostrado.

      sexta-feira, 25 de setembro de 2009

      "Esta é uma loja para mulheres de personalidade"

      A gente sabe o quanto a aparência pessoal do vendedor é importante e contribui para a construção do argumento de venda. Afinal, se o vendedor é desleixado consigo mesmo, como quer que o cliente acredite que vai dar atenção de qualidade a ele?

      Mas, e quando existe cuidado excessivo com a aparência? Segundo os autores do livro "Desvendando os Segredos da Linguagem Corporal", excesso de vaidade denota superioridade, arrogância, além de um criticismo (hábito de criticar o outro) exagerado - ou seja, tudo o que um vendedor NÃO deve ser/ter.

      Para evitar este comportamento, dá para aprender com bons exemplos ou com os maus...

      Desde que as personal stylists, Fernanda Resende e Cris Gabrieli, do onipresente Oficina de Estilo, foram contratadas pelo Shopping Cidade Jardim, temos vistos uma série de posts com dicas das vendedoras de lá, fotos de vitrines e vídeos onde as lojas são apresentadas. Elas têm até um canal no Youtube com todos os vídeos! - um prato cheio para o blog!

      No vídeo abaixo, pediram à Cecília, gerente da Ellus and Guests, aberta no final de julho para fazer uma visita guiada pela loja, apresentar o conceito da loja e mostrar alguns dos produtos lá vendidos... e... her... eu não vou escrever mais nada. Vejam vocês e tirem suas próprias conclusões:

      • Tudo bem que ela é a brasileira misteriosa que o Scott Shumann fotografou para blog The Sartorialist quando veio ao Brasil - a única! mas gente, é só uma foto - e ele nem pediu o nome dela!
      • Prometi não escrever mais nada, mas não consigo... reparem no gestual da moça, na forma que ela encara a câmera quando diz a frase do título do post, fechando as mãos sobre o próprio peito... aff!
      • Ou quando ela força tanto o acento da palavra inlesa "cult" (culto, cultuado ) que soa "quilt" (colcha, acolchoado)
      • E posso assegurar, clientes simplesmente detestam vendedores deste tipo. Não importa se seu rostinho é uma delícia de olhar, ou se seu cabelo faça Gisele Bündchen se morder de inveja...

      "Quanto ao atendimento, realmente acho que essa coisa de vestir as meninas com o estilo da marca e fazê-las se acharem mais importantes do que as clientes é um grande erro."

      "No varejo quem tem que brilhar é a cliente."

      "Acho realmente um tiro no pé colocar vendedoras bestinhas que se acham."

      "O comércio apresenta tantas opções de compra, que, sinceramente, não tenho que me submeter a isso."

      *de tempos em tempos minha língua passa pelo afiador. Tenho deixado ela bem quietinha dentro de casa, trancada mesmo. Mas hoje foi irressistível. Então, desculpa aí o constrangimento e tudo o mais (afinal, não é pessoal, MESMO!) - mas cuidado com as beiradas, que a língua tá cortando até água... As frases em negrito do final não são de minha autoria, são da leitora Luciana Pinheiro, de BH, e foram retiradas dos comentários deste post aqui.

      Verde vivo

      na fachada da nova loja Adriana Barra, nos Jardins;

      em parede interna na loja Sacada, Oscar Freire;

      no jardim interno da Farm Harmonia da Vila Madalena (repara que tem até redário para relaxar após as compras)

      e também nos provadores, que mais parecem uma mini-floresta (Farm Harmonia, Vila Madalena);

      nas vitrines da Timberland, decoradas com caules verdes de bambu, do Shopping Iguatemi;

      e da Oscar Freire. Tudo em São Paulo.

      • que é pra ninguém duvidar (hello, São Pedro!) de que a primavera chegou.
      • e que mesmo sendo a "terra da garoa", São Paulo tenta - de forma bem bacana - parecer menos cinza...

      * a fachada da loja da Adriana Barra e a parede da Sacada foram desenvolvidas pela Quadro Vivo.

      quinta-feira, 24 de setembro de 2009

      Nota 10, com louvor!

      O estudante Elna*, do curso de Artes e Design Bezalel, em Israel, criou uma verdadeira obra prima como projeto final de curso.

      Primeiro, ele projetou três pares de sneakers para a marca Nike, um feito bastante impressionante em si mesmo (os têninhos são um chuchuzinho!).

      Então, ele "arrebentou" com a banca da escola ao criar um comercial para "vendê-los", combinando ilustrações de Keith Haring com uma paleta de 90 cores.

      O anúncio é tão animado quanto os calçados e a trilha do DJ Markey Funk foi mais uma bela escolha do estudante.
      • Adoro animações com tipografia e ilustrações: costumam ser mais baratas do que filmes e podem levar mais referências ao consumidor.
      • Também me impressionou a quantidade de informação sobre o universo sneaker levantado pelo vídeo: ambientes urbanos, ruas, cimento, street art, stickers, palavras de ordem, música...
      • Se sua verba não permite um comercial com bons modelos ou atores, pense nesta opção.
      • O bom gosto agradece.

      Cliente paga mais quando...

      Cartaz visto em oficina especializada em espelhos automotivos, São Paulo.

      • E eu acrescentaria: "Cliente que pede mais um descontinho Paga + R$100".
      • O autor da foto afirma que, ao final, pagou o combinado. "Nenhum real a mais. Fiquei bem quietinho na minha."
      • Ou seja, o quadrinho intimida, mas tem lá sua serventia...

      * do Updateordie. Foto do Romolo.

      Quando o vendedor apela para a sedução

      Cena de "Por amor e por dinheiro" (For Love Or Money, 1993 ), com Michael J. Fox, interpretando não um vendedor, mas o gerente de um hotel de luxo que faz de tudo para agradar os hóspedes.

      • Apesar de deplorar o uso da sedução como arma de vendas, devo concordar que ela funciona, sim.
      • E que é amplamente utilizada, não só por vendedores, mas por uma grande gama de profissionais, de corretores imóveis a professores (se forem de academia, então, nem se fala).
      • Assim mesmo, a cena acima merece um minuto de atenção. Repare na intervenção suave e educada que o ator faz, sem iterromper o contato entre a cliente e a vendedora;
      • A concordância com o que afirma a cliente (nada mais desagradável do que vendedor "cheio de opinião" (mesmo que amparadas pela mais comprovada razão);
      • A análise precisa do tipo de cliente que está à sua frente;
      • O elogio sutil, sem parecer pedante ou interesseiro;
      • O bom uso do vocabulário e da argumentação. Clientes não gostam de ser substimados em sua inteligência. Eleve o padrão de suas vendas e seus clientes naturalmente manterão o mesmo nível de negociação.
      • A rapidez no fechamento de venda, não deixando espaço para o cliente retrucar.
      • Vender requer inteligência, perspicácia e presença de espírito.
      • E um bom tanto de savoir-faire. Um pouco de experiência sempre ajuda (adoooro ser atendida por vendedores experientes), mas entender da natureza humana e, principalmente, respeita-la, é que faz a diferença entre o vendedor sedutor e o vendedor que seduz.
      • Capito?

      Amarelo

      na fachada da nova loja Isabela Giobbi, em São Paulo;

      no vestido (em contraste com o negro, vermelho e azul - Matisse?), Fórum da Oscar Freire;

      no móvel expositor da Loja Maria Filó, em Recife.

      O amarelo é a cor do ano 2009.

      Desde 2000, a Pantone, autoridade global em cores e fornecedor de padrões profissionais de cores para a indústria do design, vem elegendo "uma cor do ano". Este ano, decidiram que é o amarelo, baseados em vários fatores da moda e também do design gráfico.

      • A cor amarela estimula a mente das pessoas e por isso é usado também para chamar a atenção (vide os semáforos e os táxis de Nova York, por exemplo).
      • "O amarelo simboliza o aspecto nutritivo e o calor do sol, propriedades que nos acalmam, enquanto seres humanos".
      • O amarelo é conhecido como a cor da alegria (lembram do Smile?) por remeter a mudanças políticas, otimismo e esperança.

      terça-feira, 22 de setembro de 2009

      Protecionismo ou guerra de mercado?

      A sobretaxa provisória sobre os calçados importados da China, anunciada pela Câmara de Comércio Exterior (Camex) na semana passada, elevou o tom da briga entre marcas multinacionais e indústrias brasileiras do setor, especialmente a Vulcabrás/Azaléia.

      Os dois grupos se enfrentam desde o ano passado em um processo de antidumping no Ministério do Desenvolvimento, que culminou na decisão, válida por seis meses, de taxar em US$ 12,47 cada par de sapato comprado do país asiático. Fabricantes de tênis de marcas estrangeiras, como Nike, Adidas, Puma e Asics, e até a brasileira Alpargatas, pediam a exclusão dos tênis de corrida da medida, o que não ocorreu.

      Asics acusa a Abicalçados de favorecer a Vulcabrás

      Em comunicado, a japonesa Asics criticou abertamente a decisão da Camex. Para a empresa, a decisão beneficia somente a Vulcabrás/Azaleia, dona das marcas de tênis Reebok e Olympikus. Para a empresa, com a medida, “o consumidor ficará nas mãos de uma empresa com grande poder de mercado.” A Asics importa da China até 60% do volume vendido no País. A companhia estuda medidas jurídicas para reverter a decisão. Por ora, prevê aumento de preços.

      Grupo Vulcabrás/Azaléia rebate as críticas com "tapa de luvas"

      Pouco mais de uma semana após o anúncio da aplicação de sobretaxas sobre calçados importados da China, a Vulcabrás/Azaleia anunciou a contratação de 1,8 mil pessoas em suas quatro fábricas no País. A abertura de vagas na Vulcabrás/Azaleia está diretamente relacionada à medida do governo, afirma o presidente da companhia, Milton Cardoso. O grupo tem hoje 37 mil empregados no Brasil e na Argentina. "Desde 2007, R$ 200 milhões foram aplicados na construção de prédios industriais, na compra de máquinas e no desenvolvimento de produtos. Com o dumping e a conclusão da a parte física dos investimentos, podemos admitir mais pessoas”, diz Cardoso.

      Milton Cardoso, que preside a Abicalçados e é também o presidente do Grupo Vulcabrás/Azaléia.

      * As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

      Vitrine errada

      Bem rapidinho e já saindo de fininho:
      • Esse é um manequim de moda masculina ou de mala de viagem?

      * vitrine do centro paulistano. Foto do site de Cesar Giobbi. Vê o texto: "O flagra de hoje cedo de uma vitrine na r. da Quitanda, mostra que o esforço em tornar os manequins cada vez mais semelhantes a um ser humano parece não ter limites. Se antes eles mais se assemelhavam aos antigos bonecos de crianças, desprovidos de sexo, agora, ganham genitálias. Algumas até realistas -ou seria otimista?"

      E o Oscar vai para... Louboutin!

      O designer de sapatos francês Christian Louboutin escreveu e dirigiu o curta Psycho-logic, criado para celebrar a nova boutique da marca em Beverly Hills, a Hollywood Boutique of Christian Louboutin.

      O filme homenageia o clássico Psicose de Alfred Hitchcock e mescla a história original com o estilo inovador e sensual de Louboutin.
      • Para agradar os fãs do verdadeiro cinema e as amantes de belos sapatos...
      • Reparou na trilha? É o novo hit do Mika, "We are golden". Mais uma que não pode faltar na sua set list de música ambiente...
      • Como diria meu amigo, Marco Jorge, diretor do premiadíssimo Estômago:" Isso é que é entrada cinematogáfica!"

      quinta-feira, 17 de setembro de 2009

      As filas de espera da Birkin Bag e o mito da demanda reprimida

      Quem é fã do seriado Sex and the City (eu!eu!eu!) deve lembrar da cena (da quarta temporada, ok?) em que a personagem Samantha, Relações Públicas de estrelas como Lucy Liu (interpretando ela mesma) arma a maior confusão com a cliente por se passar por ela para comprar uma Birkin Bag, fingindo que a bolsa era para a atriz (e por isto "furando a fila").

      Alardeada por todo o lado e confirmada pelo presidente da marca, Patrick Thomas, em entrevista à Veja) a famosa fila de espera para se comprar uma bolsa Hermès, modelo Birkin, parece ser mais uma artimanha de marketing do que verdade, propriamente dita. Olha o que Ana Clara Garmendia, jornalista de moda residente em Paris, respondeu para uma leitora àvida por uma destas bolsas:

      "Quer saber como compra uma? É mito a história que tem fila para comprar. A mais barata (igual a da foto, acima) custa 4700 euros. Primeiro empecilho. Segundo? Tem que saber a hora que as bolsas chegam. Em Paris, na loja da George V, são remessas diárias entregues por volta das 11h30. Muitas vezes não tem a cor que a cliente quer. Muitas vezes, você procura e as quatro ou cinco do dia se foram. É pão quente, como se fala no linguajar brasileiro. Chegou, vendeu.

      Se for um modelo mais complicado, como este em couro de crocodilo, o preço sobe e a mercadoria pode estar em falta, mas quem quer ter uma Birkin não fica sem. É para isto que a Hermés criou a bolsa: para vender. O resto é frescura do mundo fútil da moda."

      • Eu fecho com a Ana. Do "alto da minha experiência" sobre o mercado de luxo e sobre varejo posso afirmar que faz todo o sentido.
      • E ainda tem a excelente história do americano Michael Tonello, que vivia de comprar e revender produtos no eBay (carreira promissora!) e ficou sabendo da saga desesperada de muitas mulheres atrás de uma Birkin para chamar de sua.
      • Ele conseguiu driblar a tal "lista" ao descobrir uma tática: ia numa loja Hermès e começava a escolher ítens de alto valor. Mostrando simpatia, conversava sobre assuntos diversos com os vendedores. Na hora de pagar, perguntava, como "quem não quer nada" se a loja tinha alguma Birkin. Voilá, num piscar de olhos a cobiçada bolsa aparecia. Bolsa que ele revendia rapidamente pela internet, bem mais cara do que pagou, para clientes afoitas e endinheiradas.
      • Ele fez este "esquema" durante alguns meses, até que a Hermès descobriu e ele se tornou persona non grata nas lojas da grife.
      • Michel Tonello diz ter comprado mais de 130 Birkin Bag desta maneira.
      • A história se tornou livro Bringing Home the Birkin (Levando a Birkin para Casa), ainda sem edição no Brasil.
      • Tonello conseguiu provar que as bolsas Birkin não são assim tãããão exclusivas: ficam escondidas à espera de um cliente que tenha o perfil da marca - muito dinheiro no bolso!

      Pra quem chegou até aqui e ainda não sabe: Há diversas versões para a história da criação da Birkin Bag, que ao lado da Kelly Bag e dos lenços de seda tornaram-se os ícones da grife Hermès. Uma delas, contada pela escritora Dana Thomas em seu livro Deluxe: How Luxury Lost Its Luster, diz que a cantora Jane Birkin sentou-se próxima ao CEO da Hermès, Jean-Louis Dumas, num vôo entre Paris e Londres em 1984, quando ela abriu sua agenda Hermès e várias anotações cairam no chão. Dumas teria levado a agenda dela e a devolvido um tempo depois, com um bolso costurado na parte de trás (que se tornou padrão nas agendas da marca). Birkin aproveitou para contar a Dumas sobre sua dificuldade em encontrar uma bolsa de couro espaçosa para as mamadeiras das filhas e descreveu o seu ideal. Pouco depois, o modelo que ela descreveu chegou a seu apartamento com um bilhete assinado de próprio punho por Jean-Louis Dumas.

      Jane Birkin, após desfile da coleção Hermès: jeans, All Star e uma bolsa Birkin preta novinha em folha. Descolada e chique, toujours! (outubro, 2008)

      • Adoro esta história: ouvir o cliente, traduzir seus desejos, colocar-se à disposição e retornar sempre = sucesso garantido!

      * fotos de street wear de Paris e aspas, tudo da (ótima) Ana Clara Garmendia. A história da Birkin veio do Garotas Modernas. O víideo (de 1968) mostra a sempre jovem Jane Birkin em sua participação musical mais famosa, ao lado do então marido, Serge Gainsbourg. Clica vai, a música é inspiradora... rsrsrs

      "Moneybag"

      Brasileira gosta mesmo de uma novidade. Brasileira rica, então, nem se fala. A recém-aberta loja da Hermès no Shpping Cidade Jardim (São Paulo) não pára de vender. Houve quem comprasse três bolsas Birkin de uma vez, sendo que duas de couro de crocodilo (detalhe: o valor médio de uma bolsa da loja, em couro de boi, é de R$20.000. Na França, o valor é EU$4700. Ou seja, em média R$13.000).

      Aqui pode ser mais caro, mas dá para dividir em cinco vezes. E brasileiro, rico ou pobre, adora uma prestação...

      Os diretores da sede da grife estavam na loja paulista na segunda, e puderam assistir ao que acontecia. Preocupados, já se dispuseram a ver, nos estoques de Paris, o que dá para repor com urgência. Além disso, há contêineres chegando, com a nova coleção de inverno.

      • As Birkin Bags são colecionadas apaixonadamente por uma legião de consumidoras fiéis.

      • Ana Paula Junqueira confessa ter 13 modelos, comprados pelo mundo todo. E são todos de cores diferentes. Sua predileta tem estampa de leopardo e detalhes em pink... presente de sua amiga Naomi Campbell no último aniversário.

      • Lucília Diniz (herdeira do Grupo Pão de Açúcar) admite ter todas as cores: "Encomendei a coleção inteira em Paris e recebi em casa quase um ano depois, mas a linha completa. Foi um preço alto mas totalmente compensador".

      • Eliana Tranchesi (da Daslu) usa sua Birkin no dia a dia... "Seja em uma reunião ou festa, uma Birkin é sempre bem-vinda" conta a empresária que tem 17 Birkin Bags em seu closet de 200m².

      • Hebe Camargo também admira as Birkin, mas admite que tem "apenas" 8 unidades. Angélica é do mesmo time da loira "mãe": sua coleção tem 5 unidades, assim como Wanessa Camargo e Ivete Sangalo, que comprou uma em Paris em sua última passagem pela cidade mas já encomendou 4 na nova loja de SP.

      • Sandy disse que só troca suas Birkin por Balenciaga, tanto que mantém 10 bolsas de cada marca.

      • Internacionalmente, a bolsa é um sucesso absoluto. Katie Holmes, Madonna, Lindsay Lohan, Kylie Minogue, Beyoncè, Anne Hathaway, Lucy Liu, Marion Cotillard, Mary Kate Olsen, Cameron Diaz, Gisele Bündchen, Heidi Klum, Oprah Winfrey, Jane Fonda, Paris Hilton, Reese Witherspoon e muitas outras personalidades também têm suas coleções de bolsas com várias Hermès Birkin bags...

      • Mas a maior vitrine da Hermès no mundo é Victoria Beckham, sempre com um novo modelo nos braços. A imprensa internacional estima que Vic B. tenha, no mínimo, 100 Birkin Bags. Não à toa que tenha recebido a alcunha de "Moneybag" (bolsa de dinheiro) - sua coleção de bolsas está avaliada em US$2 milhões!

      • Nos próximos posts, mais notícias sobre a nova loja Hermès no Brasil: são tantas curiosidades...

      * li no Portal Onne. Já sobre as "birkinzetes", no Panela Chic.

      domingo, 13 de setembro de 2009

      O cenário que é uma loja!

      Um assunto que acendeu meu botão de interessância na semana passada foi o início de mais um programa de moda na TV brasileira, o Temporada de Moda Capricho (na Boomerang, dia 9/09, às 21h e todas as quartas, no mesmo horário).

      O programa é uma mistura de documentário e reality show que vai selecionar um novo estagiário de produção de moda para a Revista Capricho (da Editora Abril)entre 20 estudantes de moda. Apresentado pela editora criativa da revista, Adriana Yoshida, gira em torno do mundo dos editoriais de moda e acompanhará o drama dos participantes enquanto eles vão sendo eliminados do programa. O vencedor, além de produzir um ensaio com uma celebridade para a capa da revista, ganhará um estágio de seis meses na revista.

      Ainda não assisti a nenhum épisódio (sou das raras pessoas que não suportam o formato reality show) mas quero muito confirmar o que eu já pude ver na página do programa: o cenário é incrível!

      As araras onde estão penduradas as roupas utilizadas nas produções são orgânicas, curvas, formam espirais. A prateleira de calçados foi pintada em um lindo tom de azul vibrante. Os pufes em jacquard amarelo estão perfeitos no ambiente, assim como as cadeiras e poltronas antiguinhas forradas com tecidos listrados, floridos, indianos... Paredes foram degastadas até exporem os tijolos e as vigas ficaram com mesmo com o revestimento de concreto bruto.

      Parece uma loja, diga-se, uma loja bem descolada, de perfil jovem e moderno. E eles sabem que produziram uma mina de ideias, pois disponibilizaram no site um recurso de visualização 360 graus. Adorei! Boa fonte de inspiração...

      • É impressionante a quantidade de programas de moda que surgiram nos últimos tempos na televisão brasileira, ou melhor no último ano, tanto nos canais abertos como nos fechados.
      • Ainda ontem éramos um país sem nenhuma vocação para moda - o que ficava bem claro pela forma que a TV tratava o assunto (antes só tinha o GNT Fashion e um quadro no Jornal Hoje de sábado).
      • Mas agora... a Moda é a moda da vez! E todos os canais enfiaram a colher no pote de mel: são quadros com dicas de estilo, programas que prometem através da moda e beleza rejuvenescer a pessoa ou os famosos programas de estilo antes e depois que a pessoa é abençoada por personal stylists e se transforma a olhos vistos pras câmeras.

      • Podemos finalmente comemorar que as informações de moda estão sendo democratizadas pela televisão e que um maior número de pessoas começa a entender sobre o ato (e arte) de se vestir, como criar uma imagem, tomar consciência do seu corpo e de sua individualidade.
      • E a vontade do público brasileiro de obter essa informação (sem esquecermos da carência desse tipo de informação) parece infinita vide a audiência desses programas.
      • E dá bem para confirmar o ibope. Já entrou no site do Esquadrão da Moda (do SBT)?
      • No blog, assinado pelos apresentadores, cabeleireiro e maquiadora, o povo entra, deixa comentários (uma média de 500, por post!) e discute com vontade cada imagem que vê. Um sucesso!
      • Outra: o site também disponibiliza vídeos com trechos do programa. Com sorte dá para garimpar uma e outra informação que auxiliem a formação e o treinamento de consultores e vendedores de moda. Fica a dica!

      sábado, 12 de setembro de 2009

      Não me engana, que eu não sou trouxa...

      Procurando pelas notícias do dia, leio esta manchete do portal Terra:
      • Pesquisas não são publicadas com rigor científico. Olhando rapidamente, soube que nos EUA, 55% dos resultados das pesquisas científicas não foram devidamente registrados. Mesmo entre os artigos publicados, quase um terço apresentava discrepâncias entre os resultados apresentados nos registros e aqueles que foram reportados na conclusão dos testes clínicos.

      Mudo de área, rumo à pagina de economia. O texto:

      • Mulheres Superpoderosas - Pesquisa indica que mulheres gastam mais com aplicações do que com roupas e calçados. Levantamento da QuorumBrasil, empresa especializada em pesquisas de mercado, mostra que as mulheres gastam, em média, 1,5% da renda mensal com vestuário. Já as aplicações financeiras, todos os meses, são o destino de 5% do que ganham. A pesquisa, feita em agosto, avaliou os hábitos de consumo e de gastos de 300 mulheres empregadas em São Paulo, de 20 a 35 anos, que ganham entre R$ 800 e R$ 5 mil. No topo dos gastos, estão as despesas com educação, saúde, moradia e alimentação.

      ...hum?! Como?! Estão querendo que eu acredite que a mulher paulistana, com salário médio de R$5 mil, gasta somente R$75 em roupas, bolsas e sapatos?

      E essa história de investimento também não colou. Brasileira com poupança maior que o closet? Só se estivermos falando "daquelas mulheres".

      De bom mesmo, só a frase retirada do texto sobre pesquisas científicas:

      • "Estamos pedindo aos pesquisadores que informem os leitores honestamente e com transparência".

      Fui!

      Punição a chineses vai encarecer tênis nas lojas brasileiras

      Brasil aponta dumping e decide sobretaxar calçados do país asiático, enquanto fabricantes nacionais comemoram.

      Os calçados importados da China ficarão mais caros nas prateleiras das lojas brasileiras. Uma decisão da Camex (Câmara de Comércio Exterior) determinou a sobretaxação provisória de US$ 12,47 para cada par fabricado no país asiático, após investigações apontarem que os chineses exportam esses produtos a preços inferiores ao praticados internamente, prejudicando a indústria nacional.

      A medida terá validade de seis meses, mas o processo que definirá uma alíquota definitiva deve ser encerrado antes do fim do ano. A análise técnica do relatório de 35 mil páginas produzido pelo Ministério do Desenvolvimento apontou um direito de sobretaxação de US$ 18,44, mas a decisão final será tomada apenas em dezembro.

      A resolução só não vai atingir calçados que representam parcelas muito pequenas nas importações brasileiras: sandálias de praia; alpercatas de couro, pantufas e sapatos de bebês. Também estão livres da taxação as sapatilhas de dança e calçados utilizados exclusivamente para a prática de alguns esportes, como boxe e ciclismo, além dos calçados descartáveis e utilizados como itens de segurança em fábricas.

      Para o presidente da Abicalçados (Associação Brasileira das Indústrias de Calçados), Milton Cardoso, a resolução, ainda que provisória, representa um avanço ao restabelecer condições para que o setor possa resistir à invasão chinesa e voltar a gerar empregos. "Apenas no último trimestre do ano passado, perdemos 42 mil postos de trabalho. Com a conclusão do processo, em um ano podemos criar 60 mil vagas."Segundo a entidade, o preço médio dos calçados chineses no desembarque ao longo de 2009 foi de US$ 7,03. Com a sobretaxação, esse valor quase triplicará. Cardoso confirmou que o Vietnã será o próximo país a ser denunciado por prática desleal.

      No entanto, para o descontentamento das maiores multinacionais do segmento, alíquota maior vale para os tênis de alto desempenho, que atualmente custam aos consumidores brasileiros cerca de R$ 500. Os fabricantes (leia-se Nike, Adidas, Puma, Mizuno e Asics) argumentam que esses calçados já entram no país com taxa de 35%, a maior permitida pela OMC (Organização Mundial do Comércio) em condições normais de concorrência. Para empresários do setor, a alíquota adicional, como punição por um suposto movimento desleal, acabaria prejudicando os usuários. Além de afirmarem que a escala de consumo não justifica a fabricação desses tênis no país, os grandes grupos internacionais alegam que a indústria nacional não seria capaz de produzi-los internamente. Além disso, processos semelhantes contra sapatos chineses na União Europeia e na Argentina não teriam resultado em sobretaxa para calçados esportivos.

      O quê é dumping?

      O Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior define da seguinte forma: “A prática de dumping, ou seja, a exportação de bens para outros mercados com preços inferiores ao praticado no mercado de origem, é considerada desleal pela OMC (Organização Mundial do Comércio). O direito antidumping é uma medida clássica de defesa comercial utilizada para evitar que produtores nacionais sejam prejudicados por importações desleais. Para a aplicação de um direito antidumping é realizada uma investigação para a verificação de dumping, dano à produção doméstica e o nexo de casualidade entre ambos.

      • Esta semana foi rica em notícias para o varejo (vou postando aos poucos, aguardem), mas esta, certamente, é a mais "quente".
      • E a pergunta que não quer calar é: - E a indústria têxtil brasileira, quando é que vai se movimentar por um dumping assim, hãn?!

        * do Portal Use Fashion, em 10/09/09. E tem também matéria completa na Exame deste mês. Assim que conseguir o texto na íntegra, posto aqui.

      quarta-feira, 9 de setembro de 2009

      Pichação chique

      No último dia 13 de julho, a loja da Giorgio Armani em Hong Kong amanheceu com uma versão "derretida" do logo da Chanel aplicada em sua fachada. Detalhe: a tinta era guache de criança, que sai lavando…

      A piada com as duas grifes foi obra do artista francês Zevs, e a brincadeira fez com que ele fosse parar na delegacia às vésperas da abertura de sua exposição na cidade.

      Em cartaz até 30 de setembro em Hong Kong, a mostra "Liquidated Logos" (logos liquidados, em tradução livre) reúne uma série de logomarcas - da Louis Vuitton à Coca Cola, além do símbolo da Chanel- exibidas em telas ou objetos em cerâmica, como se estivessem derretendo.

      Zevs reproduz as marcas em suas cores originais, mas usando tintas em excesso. "O logo se dissolve na frente de quem o observa, chamando a atenção e perturbando visualmente essas marcas tão conhecidas e onipresentes. O que eu tento é investigar o poder visual do logo", completou o francês, que só se deixa fotografar com chapéu e uma meia fina escondendo o rosto.
      • Zevs escapou de ter de pagar 600 mil euros à Armani e passar duas semanas na cadeia pelo "atrito entre marcas" que atiçou.
      • E a Chanel? Não vai processar o Zevs por apropriação intelectual ilícita(branding piracy)?
      • A arte de Zevs não te inspira? Sem piração: na próxima temporada de liquidação quão bacana seria ver logos "derretendo-se" (= liquidated logos) nas vitrines e material publicitário das lojas daqui - muito mais inovador do que as (já desgastadas) palavras de ordem: "sale", "off", "promoção", etc et all...

      * Zevs, ou Christophe Schwarz, 31, começou a grafitar em Paris na década de 90. Desde a metade dos anos 2000, Zevs deixou de lado as ruas e anúncios publicitários para intervir em logomarcas - nem o Google escapou de ter suas tintas diluídas. Li na Folha.

      segunda-feira, 7 de setembro de 2009

      O céu é o limite!

      Domingão, de manhã, a cafeína já circulando na corrente sanguínea, chega a hora de atualizar a leitura semanal. Após uma folheada rápida na InStyle (USA) de agosto, comecei a arrancar as inserções irritantes. Antes de jogar tudo no cesto de lixo (reciclável, biên sur), um impresso me deteve: continha uma estatística realmente interessante.

      Sapatos de salto altos venderam mais de US$ 5 bilhões, ano passado nos EUA! E olha que os dados já contemplam o início da crise financeira (divulgada em setembro de 2008 - um ano!). Mas já dá para ter uma ideia do que almejam as mulheres... Cinco bilhões gastos em saltos. Mamma mia!

      • Agora olhe o gráfico (que relaciona os gastos com a altura dos saltos, em polegadas) mais atentamente. Não lhe parece que o dinheiro, está distribuído de forma bastante equilibrada em todas as alturas?
      • Acho que isso mostra que as mulheres não gastam seu suado dinheirinho em apenas uma altura do salto.
      • Um olhar ("atento") no meu closet indicaria a mesma coisa...

      Victoria Beckam personifica a pesquisa: sempre de saltos e às compras...

      E mais: Uma pesquisa feita no Reino Unido (fresquinha, divulgada pela BBC News em 9/09) levantou os seguintes dados:
      • 37% das mulheres comprarão sapatos desconfortáveis desde que eles estejam na moda.
      • 4 entre 10 mulheres já compraram sapatos conscientes de que não conseguiriam usá-los.

      Isso no Reino Unido... Mas mulher brasileira é diferente! Aposto meus L.A.M.B. (by Gwen Stafani, hechos en Brazil - não confundam com os riquésimos lãmbutãn...) que a porcentagem de mulheres que compram sapatos conscientes que vão conseguir usá-los somente uma vez é de 10 para 1!

      "Meus" L.A.M.B!

      • É como diz o ditado: "casa de ferreiro espeto de pau". Somos da terra das havaianas, mas deixamos as inglesas no chinelo...
      Mais rápidos foram os sulcoreanos. Até 2010, a capital, Seul, poderá ser considerada uma cidade amiga do salto alto – e das mulheres que os adoram. Até lá, a prefeitura terá pintado mais de 5 mil vagas de estacionamento de rosa, dando preferência para as mulheres. Segundo a administração, a medida vai permitir que as mulheres andem menos para chegar aos locais de trabalho. A ação faz parte de um projeto que pretende tornar a cidade mais amigável para as mulheres e inclui medidas como nova pavimentação das calçadas para não estragar os sapatos das coreanas.

      • Lá, a decisão foi política (e populista) para desviar a atenção para os verdadeiros problemas enfrentados pelas mulheres coreanas, mas não podemos dizer que seja de todo mal o fato de termos o "trânsito" facilitado.
      • Não é uma solução pra lá de simpática para estacionamentos de shoppings e de estabelecimentos comerciais?

      • Nem que seja por alguns dias... em comemoração pelo Dia Internacional da Mulher ou Dia das Mães, por exemplo... nos poupavam de alguns calinhos (ai, ai, ui!)

      * gráfico da InStyle; pesquisa da BBC do Petiscos; estacionamento pink da Época OnLine.

      sexta-feira, 4 de setembro de 2009

      O feriado da Independência que eu queria ver

      O 7 de setembro já está e ninguem aí pro kiko. Também já enterraram todo nosso ideal patriótico. Mas essa homenagem da Levi's - em forma de comercial e lançada à vésperas do 4 de julho deste ano (o feriado nacional dos EUA) - é de lavar a alma de qualquer um. Um raio de esperança...

      • Go Forth (para a frente, para o alto) é o nome da campanha,
      • que traz um tom otimista em um momento de pessimismo nos Estados Unidos.
      • O vídeo reforça o patriotismo norte-americano através de um trecho do poema “America”, de Walt Whitman.
      • A direção é linda e a fotografia (do premiado Ryan McGinlay) confere ao filme um tom emocional.
      • Já a campanha impressa transmite liberdade com fotos da natureza e palavras de motivação. Frases como "Este país não foi construído por homens de ternos", "Permita ao homem comum ver o divino" e "Trabalharemos por tempos melhores" aparecem em cenários como o céu, o mar e o campo.
      • "impressionante... em termos de comercial é tão ousado... é como se pudéssemos alçar um vôo com a América e a trazê-la de volta ao chão, corajosa e feroz. Uma declaração de amor e uma obra de arte ao mesmo tempo. Uma propaganda rara, na verdade."


      *



      * O poema de Walt W. na íntegra? Eis: "América. Centre of equal daughters, equal sons/All, all alike endear’d/ grown, ungrown/ young or old/Strong, ample/fair, enduring/capable, rich/Perennial with the Earth/with Freedom/Law and Love/A grand, sane, towering/ seated Mother/Chair’d in the adamant of Time." ** entre aspas, no final, um comnetário do youtube. *** via the inspiration room.