segunda-feira, 29 de junho de 2009

Certos clientes é melhor nem ter!

  • Há certos clientes, especialmente os pechinchadores, que só fazem gastar nosso tempo e paciência - que bem poderiam ser dedicados a clientes mais saudáveis.
  • Há os que nos tratam como mero fornecedor. Não valorizam o que temos a oferecer, substimam nossa inteligência e não têm o mínimo apreço e consideração pelo humano em nós.
  • Qual a razão de atrairmos clientes cujo custo de transação é maior que o benefício gerado?
  • Não é só o cliente que pode escolher de quem comprar. O bom vendedor é aquele que seleciona seus clientes e dá o melhor de si para os eleitos.

* notas do livro de bolso Superdicas para Conquistar Clientes e para fazer um atendimento 5 estrelas, de César Souza, Editora Saraiva (R$7,60 na Saraiva - uma ótima sugestão para presentear vendedores, representantes, gerentes...). O vídeo tirei do Update or Die. Pensou que eu tinha recebido de algum fornecedor?

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Maratona Fashion - Les Soldes à Paris

Começou na semana passada a mais disputada maratona fashion de Paris.... Não, não estou falando de alguma fashion week. Falo da "corrida" aos soldes (saldos)!

É preciso preparo físico para enfrentar esta "competição". Lojas que, nos últimos meses estavam calmas e com vendas morosas, sentiram-se como em época de Natal (natais anteriores a 2008, que fique bem claro!).

O Soldes é um assunto tão sério para os franceses (afinal, são YSL, Hermés, Chanel, Balmain, valentino, Rykiel - tudo! - com até 80% de descontos) que ninguém perde tempo: dias antes do início das promoções as lojas são vasculhadas, roupas experimentadas e listas de compras são escritas com requintes de detalhes, com até mesmo a referência do ítem desejado.

E não só, o Soldes faz parte de uma estratégia bem planejada do governo francês, regida por leis severas e com critérios preestabelecidos. (Eu morro de inveja... vê só:)
  1. Datas fixas (decreto artigo L. 310-7) e duração somente de 5 semanas
  2. A publicidade sobre soldes só é permitida durante as semanas de promoção (e uma semana antes)
  3. Os preços antigos devem constar, junto ao valor de redução de -30%,- 40%, -50%, -70% e assim por diante.
  4. Os soldes são divididos em "demarcas": a primeira, com duração de 2/3 semanas; logo entra a segunda demarca, onde os preços baixam ainda mais e finalmente a última, onde as peças podem ter até 90% de redução! Para quem tem sorte e consegue a peça de sonhos na última demarca, é como fazer um gol de decisão na copa do mundo... Conheço quem tenha comprado vestidos Valentino a 100 euros!
  5. Peças fora de soldes devem ser sinalizadas como "nova coleção" e só se deram entrada no estoque da loja uma semana antes do soldes oficiais.
  6. A palavra SOLDES só tem autorização de uso nos casos acima.
  7. Promoções podem ser feitas fora do calendário oficial, mas passam por regras bem restritas. Não se pode decidir baixar o preço por conta própria.
  8. O controle é feito semanalmente e as multas são altíssimas para quem tenta dar um "jeitinho"...

  • Vai daí que se entende porque que as francesas são tão magras (as danadas!): é preciso estar em plena forma para os Soldes!
  • Interessou? Os soldes de inverno começaram em 24 de junho e vão até 28 de julho...
  • Já eu... como escrevi antes (e falo sempre que deixam) não quero morrer sem antes ver, aqui, no comércio de minha cidade, semanas de liquidação como as européias, organizadas, preestabelecidas e regidas por legislação.
  • Mas, uma andorinha só não faz o verão... Quem está comigo?

* dados do Mundo do Marketing. A primeira foto é da campanha da Prefeitura de Paris. A segunda, da Galeries Lafaytte, tirada no metrô. A última é da ilustradora parisiense, Soledade Bravi, que desenhou, entre "milles autres choses", as lindas caixas do chocolate Pierre Herme.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Fashion's Night Out - o Vogue's Day

Dizem que foi idéia da própria Anna Wintour - a "diaba" - que, entre uma edição e outra da Vogue US (a revista que é a própria bíblia do consumo de moda mundial), bolou uma ação para celebrar a indústria fashion e incentivar o consumo nesses tempos difíceis. (Que foi, Anna, a água bateu aí, foi?) O Fashion's Night Out foi apresentado em maio de 2009 pelo prefeito da cidade norte-americana Michael Bloomberg (e eu repliquei imediatamente, em 16/05). Apoiado por empresários, estilistas, modelos e artistas, o evento está programado para acontecer dia 10 de setembro (quinta-feira), em 13 capitais do mundo simultaneamente. Lojas em Nova York, Madri, São Paulo, Paris, Moscou, Milão, Pequim, Londres, Berlim, Atenas, Nova Délhi, Tóquio e Taipei ficarão abertas até meia-noite com atividades para promover a ação. Será uma ação similar à produzida pela champanhe Chandon na Oscar Freire, em São Paulo: mais de 100 lojas dos EUA já se cadastraram para, na data, receber clientes com bebidinhas, descontos e outros mimos exclusivos. Estão por trás da iniciativa nomes como Anna Wintour, Vera Wang, Tommy Hilfiger e Oscar de la Renta. Em São Paulo, o evento incluirá o Shopping Iguatemi, Market Place e a Daslu, onde acontecerão pocket-shows, microdesfiles, sorteios e até gincanas do tipo "caça ao tesouro". Além disso, cada local terá um stand da Hering onde serão vendidas camisetas do evento com parte da renda revertida para causas sociais. Os consumidores brasileiros já podem acompanhar todos os preparativos da festa através do blog exclusivo no site da RG Vogue, além de conhecer as "apostas" dos editores da revista brasileira para as coleções das marcas participantes. Serão selecionadas 10 peças de cada, que ganharão uma etiqueta especial e dicas de como usar junto com outras tendências de moda. Entre as grifes participantes estão 284, Accessorize, Alexandre Herchcovitch, Armani, Calvin Klein, Cavalera, Christian Louboutin, Diesel, Dior, Gucci, Hering, Isabela Capeto, Lacoste, Louis Vuitton, Marc Jacobs, Maria Bonita, Osklen, Rosa Chá e Vivara. Por enquanto. Estima-se que mais de 100 marcas participem da ação.

  • Difícil que uma ação solitária consiga minimizar os efeitos da crise nos Estados Unidos ou gerar algum ânimo em um mercado tão retraído...
  • Mas não desdenha, não! Minha opinião é que eventos como este vão começar a pipocar por aí.
  • Tem um montão de gente inteligente prevendo uma "nova ordem mundial" onde comunidades unidas por interesses comuns começem a se manifestar... presta atenção!
  • Uma coisa é certa: este é um super evento para o mercado da moda.
  • E que tal pegar um "jacaré" nessa marola? Aproveita algumas destas sugestões: aqui e aqui!

* nas fotos, famosos como Reinaldo Gianecchini e a estilista Lenny Niemeyer ( na primeira foto) e as tops Bruna Tenorio e Ana Claúdia Michels, entre a a maquiadora da MAC, Vanessa Rozan, vestiram na SPFW a camisa do Fashion´s Night Out.

Comprando roupa com realidade aumentada

O maior empecilho para o sucesso das vendas de roupas on line está por acabar - afinal, somente 3,7% dos que visitam esta modalidade de loja virtual finalizam seus pedidos. A Zugara lançou um software que permite experimentar roupas, via webcam, sem sair de casa. O recurso permite escolher o modelo, ir trocando cores e estampas, tirar uma foto para mostrar aos amigos (via Facebook) e claro, comprar as peças - tudo sem precisar de teclado ou mouse! A coisa toda parece ter saído de um capítulo dos Jetsons, tem até aquele sonzinho de teletransporte, trrrrrrrrrrrrrrrrrr. Olha só como funciona:

  • A bem da verdade, o recurso que mais me impressionou foi este de mudar comandos a mais de 100m de distância dos controles do computador.
  • Mas, sinceramente, ainda não dá pra conferir o caimento da roupa...
  • O que o futuro nos reserva? Se for parecido com este, vejo uma cirurgia para reverter miopia, no meu caso...

* vi no Update or Die.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Já sabe qual vai ser o jeans do verão?

Não, não estou falando dos boyfriend, saruel ou cenoura. Meu assunto aqui é consumo. E a calça que vai vender nas lojas na próxima estação é a nossa velha conhecida skinny. Onde ainda é inverno (do lado de baixo do Equador), a skinny tem sido vista acompanhada de jaquetinhas hussardos (tipo as das paquitas, capice?), paletós mais longos, com os ombros marcados. O efeito é de segunda pele. Meias praticamente.

E no verão? Continua tudo particamente assim. Veremos os skinnies com camisetonas largas e fininhas (algumas até transparentes, em malha desgastada, que está sendo chamada de "podrinha"). E também com blusinhas de algodão com o shape de batinhas, que no entra e sai das estações, continua reinando na preferência das brasileiras. Ou com regatonas, mais longas e com cavas pronunciadas - que é para mostrar o sutiã e o que mais quiserem deixar à mostra. E estas regatas virão tanto em malha, com efeito mais casual - quanto em seda, organza, tule transparente, ou bordadas com muitas pedras ou paetês foscos ou brilhantes - com intenção de sofisticar. A novidade mesmo serão as LAVAGENS das skinnies:

  • Claras, passando pelo cinza e chegando ao branco;

Kate Moss e Vicky Beckam, ditando moda

  • Desgastadas e rasgadas (efeito destroyed ou ripped);

As Heidis - Montag e Klum - jeans ripado ou rasgado. E a bossa da barra dobradinha também tá valendo...

  • Manchadas (como as desfiladas por Balmain)
Na passarela e nas ruas, jeans muito claros, manchados, destruídos + jaqueta "paquita" (tudo Balmain)

No quesito MODELAGEM, atente para:

  • Cós baixo (moderadamente baixo, não o extra baixo);
  • Bolsos da trás maiores e costurados mais para baixo;
  • Costuras laterais (da cintura ao tornozelo) simétricas. Ou seja, dividem a parte da frente a de trás do corpo em partes iguais. "O objetivo é evitar o look "popozuda", diz Cristiane Ruiz, da Calvin Klein.

Mas, e como vender (e escolher) o jeans-meia certo? "Há skinnies e skinnies", como explica Tito Bessa, da TNG, em entrevista para a Folha de São Paulo, mais confundindo do que esclarecendo. "O segredo está na modelagem e no elastano (= lycra).

Na categoria skinnies "moça de família" (os recomendáveis), a dose de elastano misturada ao algodão não ultrapassa a linha do que é considerado bom gosto. Ou seja, nada da aparência de "embalada à vácuo".

Adriana Bozon, da Ellus, com look total jeans branco, antes do desfile verão 2009/10

A fabricante Ellus, por exemplo, controla o efeito elástico. Segundo Adriana Bozon, estilista da marca "as skinnys têm um percentual pequeno de power lycra (responsável pelo efeito knorr - conhece? - onde qualquer "galinha velha" acaba por dar um "bom caldo").

  • Já a Calvin Klein delimita a oferta de skinnys até o tamanho 42 para evitar que as fora-de-forma tentem entrar numa superskinny.

Em oposição, as skinnies a la Gang têm o espírito calça de ginástica. A dose de elastano é extra, extra, extra. Os bolsos, menores, são costurados mais para perto do cós (aumentam a derrière). E as costuras laterais são jogadas mais para a frente do corpo. Tudo para que o bumbum fique mais parecido com o de Jennifer Lopez (ou Juliana Paes, ou Beyonce ou Mulher Melancia).

Mulher Melancia (e Melão) no aeroporto Galeão, com os "confortáveis" jeans Gang

Ou, como descreve o material de marketing da Gang (marca carioca de Alcyr Amorim) "faz qualquer traseiro parecer grande e mais redondo".

Captou? Redondo e bem grande...

* quem deu as dicas das diferenças entre skinnies foi a editora de moda Simone Esmanhoto, no seu C'est Sissi Bon. A maioria das imagens é do Denimology. A do trio "força no elastano", foi tirada por Marcelle, no centro de São Paulo.

sábado, 20 de junho de 2009

Já calçou a Amazônia hoje?

Quem é meu leitor certamente é bem informado e já deve estar sabendo das notícias que revelaram que o maior vetor do desmatamento da Amazônia é a indústria agropecuária. E o que o blog tem a ver com isso? Presta atenção no resuminho da história:
  1. O Greenpeace Brasil, depois de uma investigação séria e detalhada que levou 3 anos, divulgou no dia primeiro deste mês um relatório denunciando as empresas que indiretamente colaboram com a destruição da Amazônia ao sustentar a criação ilegal de gado.
  2. Na lista, um monte de marcas que o mundo inteiro conhece e consome: Nike, Adidas, Timberland e Reebok, que compram na China couro do frigorífico brasileiro Bertin. Toyota, Honda, Ford e BMW, que compram nos EUA couro do mesmo frigorífico para bancos de carro. Boss, Louis Vuitton, Prada, Gucci, que compram o mesmo couro na Itália para fazer bolsas e sapatos. E, no Brasil, Vulcabrás (Reebok e Olympikus) e Calçados Dilly (TryOn, Fila, Umbro, Kappa e também Glória Coelho e Carlota Joakina), além do Pão de Açúcar, Wal Mart e Carrefour, que compram produtos bovinos da Bertin e também da JBS e da Marfrig, outros frigoríficos da Amazônia.
  3. Uma semana depois, dia 8, a Associação Brasileira de Supermercados se reuniu e decidiu fazer alguma coisa. Em decisão conjunta, Pão de Açúcar, Wal Mart e Carrefour concordaram em, juntos, tirar seus nomes da lista. Na quarta passada, eles anunciaram que abandonariam 11 fornecedores do Pará que não conseguiam garantir que sua carne não provinha de desmatamento ilegal.
  4. Dois dias depois, sexta-feira passada, o Banco Mundial anunciou que estava cancelando seu contrato para financiar o frigorífico Bertin, maior exportador do Brasil e segunda maior empresa do setor do mundo.
  5. No sábado, 13/06, a coluna Radar, da Revista Veja, informou que a Adidas convidou a Bertin, para uma conversa em sua sede, na Alemanha. A Adidas quer que a Bertin dê garantias de que não vai fornecer couro proveniente de regiões de desmatamento na Amazônia. A Adidas convidou o Greenpeace para testemunhar a reunião.
  • Estou na torcida para que as outras empresas envolvidas no escândalo tomem algum posicionamento. Será que a Nike, Vulcabrás, Dilly, BMW, Ford, Honda, Toyota vão tomar uma providência ou vão ficar torcendo para os consumidores não ligarem para a destruição do chamado "pulmão do mundo"? (foi assim que eu aprendi a chamar a Amazônia, no meu tempo de escola)
  • E será que os frigoríficos e curtumes envolvidos vão se mexer para se adequar à lei? Não perca, nos próximos capítulos!
  • Esta história é legal porque é uma das raras vezes em que o temor quanto a pressão dos consumidores embasou uma mudança de atitude da indústria.
  • Sabemos que há uma imensa pressão por resultados que faz com que se escolha sempre o fornecedor mais barato, sem se preocupar muito com o que esse fornecedor faz para conseguir preços tão baixos. As empresas só vão proceder de um jeito diferente se perceberem que os consumidores vão puni-las se elas não forem responsáveis. É bom ver que isso está começando a acontecer no Brasil. É pouco, mas é um começo.

  • Corro o risco de lhes parecer ingênua, mas continuo envergando a bandeira de que desenvolvimento e sustentabilidade devem andar juntos. Na verdade, a esta altura do século 21, já deveria estar claro que um sem o outro é inútil.

* da Veja, da Folha On line e do blog Sustentável é Pouco.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Novas regras para o vestuário infantil

Tamanho das roupas infantis será informado de acordo com medidas corporais a partir deste verão.
A Abravest (Associação Brasileiro de Vestuário) e a ANBT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) apresentaram nesta terça, dia 16, durante a FIT (Feira Internacional do Setor Infanto-Juvenil-Bebê), em São Paulo, uma nova padronização para o vestuário infantil.
Desde 1992 existe a intenção desta modificação. O projeto apresentado não mais separa as roupas de acordo com a idade das crianças de zero a 16 anos, mas por medidas corporais, como acontece nos Estados Unidos e na Europa. A diversidade de etnias existentes no Brasil e o desenvolvimento que nesta fase depende de cada criança faz com que exista muita diferença entre os tamanhos.
Vantagens para o varejista e para consumidor
  1. Melhora da qualidade dos produtos brasileiros;
  2. Diminuição do custo de produção, com melhor aproveitamento dos tecidos e consequente barateamento de alguns produtos;
  3. Certificação contra os produtos piratas e de má qualidade;
  4. Aumento da venda de vestuário via internet e catálogos;
  5. Diminuição da quantidade de trocas de peças que foram presenteadas;
  6. Diminuição da necessidade de experimentar as roupas na loja (que gera sempre um desconforto para crianças e bebês);
  7. Aumento das possibilidades de exportação.

Adesão dos fabricantes é voluntária

A expectativa é que as novas etiquetas começem a figurar nas confecções a partir de outubro de 2009. A adesão do fabricante não é obrigatória. A ABNT e ABRAVEST estão em campanha para que o maior o número de empresas adotem as novas regras, garantindo a simpatia e rápida adaptação da maiorias dos consumidores.

As medidas e os moldes das novas padronagens estão sendo desenvolvidos pela ABNT e serão fornecidos gratuitamente aos associados da Abravest, juntamente com um selo, que deve ser usado nas embalagens destinadas ao público final. Além desta identificação, receberão uma cartilha com texto explicativo e uma tabela de medidas.

  • O próximo passo é o vestuário adulto: depois do setor infantil, a padronização dos tamanhos do vestuário adulto masculino e feminino estarão no alvo das mudanças.
  • E a Abravest e a ANBT já tem data para o lançamentos: setembro, será a vez do masculino, e em novembro, do feminino.
  • Esta não é uma notícia fantástica? Agora é torcer para que funcione!
* Na imagens, foto do catálogo da Green, verão 2009. Dados do Portal Use Fashion.

domingo, 14 de junho de 2009

Apoio declarado

Mesmo sofrendo represálias e sendo um tema que ainda suscita muita polêmica (ou exatamente por este motivo), muitos fabricantes e lojistas de moda ao redor do mundo mostram-se simpáticos ao universo GLBT.

Alguns de forma sutil

Vitrine Ralph Lauren, Nova Iorque (2008)

ou escancaradamente

Campanha da italiana RA-RE, clicada por Oliviero Toscani

Na sua logomarca

Loja 2 Meninos (São Paulo), especializada neste nicho de mercado

Em apoio ao direito de constituírem família

porta de elevador da Loja Ikea, (Massachusets, EUA);

e em mais uma foto de Toscani para a italiana Ra-RE

Na vitrine

da pequena loja de Marc Jacobs no Soho, NY, 2008 - onde o modelo é o próprio Jacobs.

e na enorme Macy's da Herald Square (New York, 2007)

No catálogo

da grife carioca Alex Mallet

E no desfile

de Walério Araújo (divertido e transgressor, acima na foto), para a Casa de Criadores, (São Paulo, 2009)

  • Lembrando que, Oliviero Toscani é o autor das famosas (e polêmicas) campanhas da Benetton, dos anos 90. Como esta, de 1993, que mostra um homem agonizando de aids, ao lado da família e com a mão de outro homem oferecendo-lhe conforto.

Parada Gay movimenta o comércio

A Parada do Orgulho GLBT* - ou, simplesmente, Parada Gay - acaba de acontecer na cidade de São Paulo e, ao que tudo indica, teve recorde de público. Pelo segundo ano consecutivo, a Parada Gay paulistana recebe o título de maior do mundo, superando a de São Francisco, EUA, considerada a cidade mais gay do mundo.

O evento agita toda a cidade. A ocupação nos hotéis aumenta nos dias do evento. Os comerciantes comemoram o aumento do faturamento. A Parada Gay só perde em arrecadação para a Fórmula Um, como afirma a matéria (de 12/06) veiculada na TV Globo.

A festa alcança o comércio popular, da região do Brás e da 25 de Março e vai até às lojas da Rua Oscar Freire e do shopping Iguatemi, dois ícones do consumo de luxo na capital. Levantamento feito pela consultoria GayBrasil, que treina funcionários de lojas, hotéis e restaurantes para lidar com o público GLBT, revelou que as vendas nas principais lojas de grife da cidade sobem entre 20% e 25%.

"São informações passadas por associações de lojistas. Mas não adianta o comerciante investir em publicidade para atrair o cliente só nesta época do ano. É preciso um trabalho duradouro, de bom atendimento e serviço, para ter um retorno deste tipo. O público GLBT é muito sensível e percebe quando o prestador de serviço ou loja só quer se aproveitar desse período do ano", diz Ricardo Hida, consultor em comunicação e imagem corporativa da GayBrasil.

Hida explica que a rede hoteleira já percebeu essa diferença e investiu em treinamento de pessoal. "As redes de hoteleiras, especialmente da região da Avenida Paulista e dos Jardins, foram os primeiros a investir na fidelização desses clientes, com um grande investimento em treinamento dos funcionários. Em segundo lugar, vêm os restaurantes. Mas esta é uma visão que falta a maioria dos lojistas", afirma Hida. A rede hoteleira, até o momento, é a que mais tem lucrado com o evento. "Nessas duas regiões, o índice de ocupação fica perto de 100% durante essa temporada." Para Hida, as lojas que mais lucram com a parada são aquelas que estabeleceram uma forte identificação com o público GLBT. "Grifes como Walério Araújo, Mário Queiroz, Fause Haten e Cavalera e as grandes grifes internacionais, como Calvin Klein, Diesel, Foch e as marcas vendidas pela Jeans Hall (loja que comercializa jeans premiun) devem ter dias bastante lucrativos na semana que antecede a Parada."

A maioria dos turistas que frequentam a Parada Gay é brasileira. "Vem muita gente de cidades menores, que não têm pontos de vendas de grandes marcas. Então, o pessoal aproveita não só para se divertir, mas também para consumir e aproveitar toda a parte cultural da cidade, as peças, as exposições e as mostras de filmes, mesmo aquelas que não sejam diretamente ligadas ao tema da homoafetividade - diz Hida.

  • * GLBT são as iniciais de gays, lésbicas, bissexuais, travestis, transexuais. Mas a parada celebra a diversidade e convida também simpatizantes e seres humanos em geral.
  • Os broches (buttons) na imagem do início do texto são de uma empresa novaiorquina que fornece para vendedores de lojas, garçons e staff de hotéis durante a Gay Pride, de NY. Uma forma simples e econômica de demonstrar imparcialidade no atendimento e que todos são bem vindos.

* dados do G1 e do Jornal o Globo.

sábado, 13 de junho de 2009

First Love = Murakami + Louis Vuitton

  • Falar de Louis Vuitton e Tóquio e não citar a parceria com o artista Takashi Murakami chega a ser heresia.
  • Olhem só que fofo este curta metragem que celebra seis anos de colaboração entre Murakami e Vuitton.
  • O vídeo é super novidade - não vi ainda em nenhum site ou blog no Brasil.
  • A história mistura elementos de contos de fada ocidentais, a história da Louis Vuitton (que iniciou com a fabricação de malas de viagem e começou sua expansão a partir de Gaston Vuitton, da segunda geração) com a estética pop-arte japonesa.
  • Primeiro Amor é o título (fim de semana após Dia dos Namorados... dá para prolongar o clima de romance, não?).
  • E cumpro com minha promessa: só posts bem humorados sobre Dia dos Namorados daqui pra frente!
* tirei do Ilveolv.

Duas casas de Louis Vuitton

Underground ou trés chic? A Louis Vuitton está mesmo disposta a agradar aos mais variados públicos. Basta ver estas duas novas lojas da marca em Tóquio e em Deauville, na França.
A primeira é absolutamente moderna: fica no subsolo de uma loja de departamentos no bairro de Ikebukuro, na capital japonesa. Trata-se de um espaço temporário (mais um!), com visual que lembra um canteiro de obras com guindastes, caixas de madeira e cones espalhados.
Já a unidade francesa é o oposto. Instalada em um château de estilo inglês, com mil metros quadrados distribuídos em dois andares. Ali, a décor é sofisticada e fiel ao padrão Louis Vuitton.
  • Endereços diferentes, formas diversas da maison conquistar novos clientes pelo mundo afora.
  • Qual o seu preferido?
  • Vendo as fotos do interior da LV de Tóquio tenho uma sensação de dejà vu. Não parece o cenário do desfile outono/inverno 2009 da rede gaúcha, Pompéia? É ou não é?

* tudo da Wish Report.

Frase - com Chanel e o amor na cabeça!

"Não há tempo para a monotonia do previsível. Há tempo para o trabalho. E tempo para o amor. Isso nos toma todo o tempo." Mlle. Coco Chanel (1883 - 1971)
  • Eu simplesmente amo Chanel.
  • E me identifico com ela, entre outras coisas, por ela ter sido bem "chatinha"...
  • Com este, declaro encerrada a série de posts "nariz torcido" sobre o Dia dos Namorados.

Enquanto isso, em Baln. Camboriú...

  • Essa vitrine na Av. Brasil está me perturbando. Explico: normalmente gosto muito de passar em frente a esta loja, que é linda, com roupas idem e vitrines de muito bom gosto.
  • Mas... devo estar muito "antiga" e chatinha (isso seria um pleonasmo? uma coisa já insinua a outra?). Por exemplo: nos meus tempos de escola de comunicação aprendia-se a evitar textos e palavras "truncadas", confusão de signos - principalmente quando a leitura deve ser rápida, como em outdoors, placas e... vitrines.
  • Fala aí, não ficou "bagunçado" o layout dessa plotagem?
  • E, se fosse no Rio de Janeiro, ocorreria em multa!

* foto Ray.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Morno e frio - o Dia dos Namorados no Brasil

E chegamos ao Dia dos Namorados, a comemoração mais comercial do ano (sabe do que estou falando? No final do texto explico.) Sendo assim, era de imaginar que o comércio e agentes publicitários "deitassem e rolassem" com todas as possibilidades que a data sugere. Que nada. Ao invés de surpreender-me com ações de marketing cativantes o que vi foi um pouco mais do mesmo - e tudo muito morno, sem nenhum arroubo de emoção, como a data sugere. Mas, minha chatice é respeitosa - fiz uma pequena seleção do que mais me chamou a atenção.

A coleção com edição limitada da Arezzo

A Arezzo há algum tempo vem lançando mini coleções, com curto período de validade nas vitrines, mas esta é a primeira com o tema Dia dos Namorados. São 3 modelos de sapatilhas, 3 modelos de bolsas, 3 de cintos e 3 modelos de chaveiros, todos com corações e a palavra love como estampas.

  • Teve quem não gostasse da cor caramelo utilizada, mas achei bem a cara da Arezzo.
  • Destaque para a sapatilha "gêmea" - um pé com a palavra my e outro com love. Achei fofo. Será que as namoradas aprovaram?

Gant recorre a Santo Antônio

O mais casamenteiro dos santos ainda tem poder para arrumar casamentos? A Gant, grife estadunidense (no país desde 2007, com 3 lojas próprias), confeccionou medalhas em prata 950 com o rosto de Santo Antônio para ajudar a transformar o namoro em casamento. A designer Camila Sarpi foi quem criou os pingentes, desenvolvidos para serem usada em correntes ou pulseiras, tanto para os homens quanto para as mulheres. Mas só ganha quem fizer compras acima de R$ 500,00.

  • Achei simpático. Para uma loja "gringa", mais fácil seria importar alguma campanha do Valentine's Day. Investiram em um produto com conceito e design brasileiro. Acertaram!

Sorte no amor?

A ação da Spezzato veio para minha seleção por ser pouco convencional: as clientes da marca (de moda jovem feminina) que passaram esta semana nas lojas da Vila Nova Conceição, em São Paulo e na loja do Shopping Iguatemi, de Campinas puderam agendar uma consulta com uma cartomante.

  • O assunto? Ah, o amor, claro! Com jeitão de Halloween, mas, enfim...

Polêmica instalação com camisinhas da A/X

Quatro corações formados por 450 preservativos estão expostos nas vitrines das lojas Armani Exchange (4, no Brasil). Eles integram a campanha Give Love, Get Love (Dê amor, receba amor), que valoriza a importância do sexo seguro. Parte da receita das vendas no período será revertida para a Associação Brasileira para Estudo, Prevenção e Tratamento da Síndrome Metabólica em Aids (Abemaids).

  • Até aí, nenhuma novidade. Existe coisa mais óbvia do que coraçõezinhos vermelhinhos ou cupidinhos fofinhos para todos os lados? Mas acreditem, estas vitrines causaram a maior polêmica nos Estados Unidos, às vésperas do Valentine’s Day, deste ano.
  • A gerência do Somerset Collection Shopping, na cidade de Troy, Michigan julgou a vitrine ofensiva e ordenou a retirada dos corações. Mas, mas... Olhem a imagem no detalhe: são camisinhas fechadas, não há nenhuma foto com casais insinuando sexo ou frases picantes, nada.
  • Francamente! Este shopping sofre de crise de identidade - pensa que está em Roma, dentro do Vaticano!

  • O Dia dos Namorados foi introduzido no Brasil, em 1950, pelo publicitário João Dória (autor do slogan "não é só com beijos que se prova o amor"). A intenção de Dória era criar o equivalente brasileiro ao Valentine's Day - o Dia dos Namorados realizado nos Estados Unidos.
  • É provável que o dia 12 de junho tenha sido a data escolhida porque representa uma época pobre em festas comemorativas que alavanquem as vendas do comércio. Outra versão diz que o publicitário quis reverenciar a véspera do dia de Santo Antônio, o santo casamenteiro.
  • A idéia funcionou tão bem entre os comerciantes, que desde então o Brasil inteiro comemora anualmente a data.
  • Nos Estados Unidos e na Europa, não existe Dia dos Namorados, mas uma data que celebra o amor - o Valentine’s Day, em 14 de fevereiro, em homenagem ao Bispo Valentino. Em 270 a.C., o bispo romano Valentino desafiou o imperador Claudius II que proibia que se realizasse o matrimônio e continuou a promover casamentos. Para Claudius, um novo marido significava um soldado a menos. Preso, enquanto esperava sua execução, o bispo Valentino se apaixonou pela filha cega de seu carcereiro, Asterius. E, com um milagre, recuperou sua visão. Para se despedir, Valentino escreveu uma carta de amor para ela. Foi assim que surgiu a expressão From your Valentine. Mesmo tido como santo pelo suposto milagre, ele foi executado em 14 de fevereiro.

  • E vocês? Viram ou participaram de alguma ação de marketing interessante neste Dia dos Namorados? Em se tratando de amor - e com o frio que anda fazendo, jurava que a "chama da paixão" incendiaria vitrines e lojas. Agora só me resta torcer para que, ao menos, a temperatura aumente entre quatro paredes, na rede, no chão, na garagem, na fazenda, numa casinha de sapê... ando meio descrente, mas lá no fundo bate um coração incorrigivelmente romântico - desejo que vocês sejam mais criativos que o pessoal aí de cima! E que tenhamos todos, um Feliz Dia dos Namorados!

* li sobre estas campanhas em vários sites de moda e notícias e fui juntando tudo para colocar aqui. Quero pontuar somente a última imagem. Trata-se de um cartaz francês atribuído a um "grupo que organiza ações espontâneas contra a publicidade". O texto incita as pessoas a fazerem amor, apesar das lojas e mostra um coração ostentando um cartaz que diz: Não estou à venda! Será, mesmo?

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Luxo em crise

Não são boas as notícias para o chamado "mercado de luxo". Segundo experts do setor, as vendas de todo o mundo desses produtos, voltados à classe AA, provavelmente voltarão a cair em 2010, retomando o crescimento apenas em 2011.

"A pior coisa que pode acontecer é termos mais um ano de crescimento negativo em 2010... Mas vejo que as coisas deverão melhorar até 2011", disse Huang Scilla Sol, que gere um capital de US$ 30 milhões do fundo de luxo da holding Julius Baer.

Falando à agência Reuters, a Global Luxury Summit, de Londres, prevê queda de venda de 5 a 10% neste mercado para este ano. Mas ressalta que esse tipo de produto ainda não teve sua morte decretada com a crise financeira mundial. "Eu não acho que o luxo está morto, porque acredito que a natureza humana sempre será atraída por esse tipo de objeto de consumo, ou seja, as marcas de luxo. A questão é saber quando voltaremos aos surpreendentes níveis de 2007", disse o representante da Global Luxury Summit, referindo-se aos tempos das "vacas gordas", quando esse mercado cresceu até 17 vezes.

  • Lembrando que o comércio de luxo no país estava em franco crescimento - com aumento de 25% anual, nos últimos seis anos.
  • Em 2008, só na cidade de São Paulo, o faturamento deste mercado foi US$ 2,3 bilhões.
  • Não é à toa que a cidade - sozinha! - represente 72% de todo o mercado de luxo no país.
  • De acordo com pesquisa realizada pela MCF Consultoria, quase a totalidade (91%) do público consumidor de luxo no Brasil possui nível superior completo; 58% são mulheres; com idade entre 26 e 35 anos (40%); casadas (48%) e sem filhos (66%).
  • Do universo de produtos relacionados ao luxo (de canetas, jóias, carros, lanchas à bebidas), cerca de 70% tem a moda como o principal foco de consumo.

* dica do Cesar Giobbi. A primeira foto é um mix de imagens da Daslu, do Shopping Cidade Jardim, em São Paulo. A segunda é de interior da loja Elie Tahari, nos Hamptons, EUA

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Nike lança pop up store em SP e homenageia seleção canarinho

Foi a Alemanha a vencedora da Copa do Mundo de 1954, mas a seleção brasileira também ganhou, não a taça, mas o apelido de Canarinho. Para relembrar os velhos tempos e celebrar o verdeiro futebol brasileiro, a Nike do Brasil lançou uma coleção de tênis (sneakers) e camisetas que retoma a história da época, que estão sendo vendidas em uma loja pop-up na Galeria do Rock.

Na loja, estão à venda modelos exclusivos de tênis e camisetas com estampas criadas por um grupo talentoso de grafiteiros e ilustradores (street arts), como Don Torelly, Jurubis e Presto. O resultado são peças coloridas, de edição limitada, com ilustrações modernas e bem humoradas que estão à disposição pra quem quiser apreciar, ver e experimentar na loja, que deve funcionar por apenas 60 dias.

A loja remete a elementos de época e populares do Brasil, com telhas de eternit, pandeiros, aparelhos de rádios antigos e chapéus de palha, tudo somado ao colorido das ilustrações e grafites dos artistas convidados. As fotos deste post foram feitas no dia da inauguração, 2/06, como também o vídeo abaixo, que mostra alguns detalhes do visual merchandising e disposição dos produtos e a festa de lançamento da coleção.

E não é só: para acompanhar o movimento a Nike lançou o aplicativo Rádio Nike Canarinho, uma iniciativa para conectar os mais jovens ao espírito e à paixão nacional pelo futebol. Rendeu até uma homenagem do rapper e sambista Marcelo D2 e do carioca DJ Nuts, em forma de regravação, do samba "Voa Canarinho Voa", imortalizado pelo ex-lateral da seleção Júnior, em 1982.

  • A rádio, que também está disponível na web, poderá ser baixada para iPhone e iPod Touch. Quem baixar a "rádio canarinho" tem acesso a músicas 100% brasileiras, e pode conferir notícias e histórias relacionadas ao tema da campanha. Para entender tudo e baixar as músicas, vá ao site Movimento Canarinho.

  • Serviço: Pop up Store Canarinho, Galeria do Rock: r. 24 de maio, 62, Centro, São Paulo. Só até 2 de agosto.

* li primeiro no Descolex. As outras informações e fotos vieram da Nike. O vídeo saiu do Coisas de Marcelle.